segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Falar alto incomoda tanto como uma agressão

Trinta anos atrás, ou mais, as empresas começaram a separar seus departamentos com divisórias, para que os funcionários pudessem ter certa privacidade para se concentrar no trabalho. Mas por causa da personalidade do brasileiro médio de "enrolar" (embromar) no trabalho, e sair sem avisar (conhecido como nó cego), os designers de móveis de escritório foram levados a projetar divisórias baixas. Desta forma, um numeroso grupo de funcionários fica a mercê dos múltiplos diálogos dos colegas, num burburinho que, se não compreensível, incomoda por se constituir num ruído constante como se fosse de uma máquina funcionando o tempo todo.

Mas a tendência ao caos é sempre maior, e um fator se destaca de todos os outros: pessoas que falam muito alto, ao telefone, ou com o colega do lado ou com aquele colega que está a uns 10 metros de distância. Isto é extremamente perturbador, pois torna a concentração impossível, e atinge pelo menos umas dez pessoas próximas. É um fator de improdutividade considerável.

As origens deste problema simplesmente residem em uma educação que vem de casa. Pai e mãe usam correntemente a ordem em casa:

Meu filho, fale baixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário