terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fazendo as próprias regras

É um meio caminho para a loucura, mas a longo longo prazo. O ser humano não foi feito para ficar tanto tempo trancado entre paredes, com outros à sua volta na mesma condição.

Na ironia da adaptação a qualquer condição, por ser a inteligência do homem muito plástica, ele mergulha integralmente nos afazeres do trabalho, até confundí-lo com prazer. Uma vez confuso, ele finalmente decide se compromissar ao excesso, e diz em sua mente:

Vou fazer isto ser meu

Por isto, quando ouvimos alguém dizer que o objetivo humano é o dinheiro e o prazer, nos parece algo bem simplista. Uma mulher olha um homem e diz em sua mente: "Ele vai ser meu" ou o zênite deste delírio "Ele é meu", pois já consumou algo em seu pensamento, extremamente perigoso. O perigo não é o dinheiro nem o prazer em suas formas primárias; o perigo é já sentir PODER SOBRE ALGO QUE NÃO É UM OBJETO. Seres humanos não são objetos, nem sentimentos.

O problema do DESEJO é uma produção de riqueza acima da escala normal de valor. Por exemplo: O homem deseja uma mulher que chama muito a atenção pela sua beleza. Para todos, ela representa um motivo de distração moderada quando passa. Mas se para um homem ela representar ALGO que merece o olhar, enquanto está visível, pensar quando já passou e necessidade de ser sua a TODO CUSTO, esta mulher foi transformada em um BEM a ser possuído. Ela então se transformou, na mente deste homem, em riqueza. Se a possuir, estará rico.

E no trabalho

Um simples projeto, uma simples demanda, um simples posto, uma vez que seja encarado como riqueza por um empregado, psicologicamente uma fixação ou obsessão, acaba se tornando algo semelhante ao caso daquela mulher para aquele homem fora de si mencionado como exemplo. Acaba se tornando TUDO, e o empregado começa a não deixar que interfiram, a lutar contra os colegas, e a se abalar psicologicamente.

Conclusão

Direção e gerentes de empresa devem sempre mostrar sua propriedade sobre os processos, senão vão colaborar para a produção de empregados desequilibrados, que acham que um serviço, projeto, demanda é deles.

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