sábado, 30 de abril de 2011

Empregado do mês

Muito criativos os profissionais de Recursos Humanos em termos de lidar com graves problemas aumentando a auto-estima do empregado, mas escondendo intenções perversas e de prestidigitação.

Via de regra os empregados estão insatisfeitos com o salário. Tem uns que, pelo que fazem, ganham até o triplo ou dez vezes mais do que mereceriam. Uma minoria está satisfeita e vive dentro dos limites financeiros estipulados pelo salário que ganha.  Tem os que ganham o que merecem, nem mais nem menos, pois tem uma medida interna daquilo que está ao seu alcance e do que extrapola completamente sua capacidade.

A alta gerência das empresas americanas estudou uma solução para tentar estimular os empregados. Avessos à idéia de sempre estar estimulando TODOS os empregados, pois sua economia é extremamente predadora dentro dos ditames do capitalismo, eles encomendaram aos sociólogos, pedagogos e psicólogos das firmas de consultoria, pródigas em "meias idéias", resolver o problema da insatisfação dos empregados. Surgiu a brilhante idéia de eleger, a cada mês, um empregado como sendo o que mais se destacou trabalhando, MESMO QUE ESTE NÂO TENHA FEITO NADA PARA SE DESTACAR, dando a ele um pequeníssimo bônus salarial.

E avançando no absurdo, algumas empresas resolveram eleger como empregado do mês aquele que estivesse "pendurado" em dívidas. Isto ajuda a aumentar a insatisfação dos empregados. O ser humano se enrosca em suas próprias estratégias, pois desvirtua tudo o que ele mesmo inventa.

O que o empregado quer ?

O empregado quer trabalhar em uma empresa e, à medida em que os anos de sua permanência vão passando, ter progressão. Ele não quer ver colegas "morcegos" ou incompetentes subindo de cargo e nem de salário. Em suma, ele quer é salário, e não benefícios. Existem firmas injustas e empregados injustos.

Os órgãos de classe deveriam ter uma Ouvidoria para receberem reclamações de procedimentos injustos das empresas, como proteção dos "morcegos", auxílio à ascensão de protegidos, agressões verbais e físicas dos superiores contra empregados e vice-versa.

Empregado quer é salário, e não esmola

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