sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não precisa ficar nervoso não, é apenas trabalho

O empregado passa por várias fases no trabalho. (1) Fase do entusiasmo absoluto. O empregado acabou de passar no concurso público externo ou interno. É chamado para ser admitido. Está em estado de júbilo indescritível. Nada o desanimará por uns bons meses.

Após alguns meses, a situação já se transformou em rotina (2), e o empregado já abre os olhos e percebe o que está à sua volta. Talvez já não ache os colegas tão irmãos, mas considera isto normal. Alguns tropeços e (3) já percebe que existem "carnes de pescoço" e já começa a evitar algumas delas.

Daí surgem ramificações de comportamento, muitas, e por serem muitas vamos nos ater só à que nos interessa. Após uns anos de trabalho, alguns indivíduos adquirem comportamento obsessivo em relação ao trabalho. Ao invés de se preocuparem com frutos, começam a se preocupar excessivamente com o terreno.

Da plantação você deve se preocupar em colher os frutos, bem como do trabalho você deve se preocupar em colher o salário, com justiça, e não com rigidez excessiva de comportamento, querendo mostrar que é melhor que os outros, ou que está certo e todos os outros errados.

O obsessivo, começa a querer ser muito correto, querer que tudo passe por ele, pois se acha modelo de retidão, justiça, sobriedade, altivez e altruísmo. Então é preciso que alguém lhe diga com firmeza e amor:

Meu filho (ou minha filha) isto é só trabalho

Esta pessoa, envolvida pelo cotidiano, tornando o trabalho sua fonte de realização, e por vezes esquecendo da própria família, começa a se exasperar pelas menores frustações e querer saber de tudo, e que tudo passe por ela. Não percebe que é apenas mais um empregado, tornando-se chata e execrada pelos colegas.

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