segunda-feira, 28 de novembro de 2011

É melhor não saber para eu não ter que fazer

Um dos atributos que fazem do Homo Sapiens (ser humano) uma espécie sui generis é a sua capacidade de aprender.

No entanto, o homem ainda tem a capacidade de negar-se a aprender, como fruto de uma escolha de comportamento. Na vida comum, em seu cotidiano, ele até pode fazer esta escolha. Já, dentro do trabalho, isto já não é uma questão de ABSOLUTO DIREITO PESSOAL. É preciso saber se o que lhe está sendo pedido está dentro daquilo que é o escopo de atividades exercidas para perceber seu salário, salvaguardadas as condições de não lhe ferir a honra, a integridade física e nem posteriores desenquadramentos de sua função.

Se aquilo que ele está negando estiver incluído inegavelmente em sua função, dentro do horário de trabalho e não lhe for trazer prejuízos, ELE TEM QUE APRENDER E FAZER.

Uma situação que está se configurando logo após o advento das redes corporativas que oferecem o acesso à Internet é o ÓCIO INFORMÁTICO, ou seja, o empregado opta por não querer fazer nada para ficar passando o seu tempo, que é REMUNERADO, olhando seus próprios interesses na Internet.

O que este empregado está perdendo ?

Os orientais conhecem mais o sentido dos trabalhos longos e detalhados, e temos como exemplo a cerimônia do chá (até 4 horas de preparação), arte em papel (origami), pontes de bambu com enorme resistência devido aos detalhes de construção, a grande muralha, e tantos outros.

Alguns trabalhos que parecem repetitivos contém em si o atributo de reforçar a paciência e almejar a perfeição. Os esportes são clara demonstração disto. No entanto, este tipo de empregado encara qualquer serviço como perda de tempo. Isto pode estar por detrás de uma índole preguiçosa ou derrotista ou falsamente justificada por um salário baixo.

Em termos psicológicos, é danoso assumir uma postura de recusa de novos conhecimentos, pois o cérebro procura sempre novas conexões (é a sua natureza). Recusar ao cérebro o que é a sua vocação pode ir provocando aos poucos uma demência, uma senilidade precoce.

Justificativa salário

Na maioria das vezes, este tipo de empregado justificativa a falta de ação e falta de estímulo por conta do salário. Mas pense no "antes". Se ele está no emprego é porque precisa, e se aceitou um emprego que exige pouco, é porque ele é capaz de dar pouco. E o salário fica sendo o culpado. É fato de que muitos empregados, após um aumento, trabalham por três meses estimulados, e depois voltam a cair de produção, querendo ganhar mais, O problema deles está em seu interior, e não no salário.

Qual é realmente o problema ?

O problema é psicológico. A escala de valores dos empregados que não querem aprender mais foi mal construída pelos pais, ou por eles mesmos. Os pais lhes mostraram bons valores, mas a opção destas pessoas foi sempre o GOZO fácil, sem esforço. Seu foco é somente o dinheiro para poderem comer e se divertir. Somente as dificuldades, de muitos anos, farão com que ele TALVEZ mude.